Vamos falar D... Preconceito

Vamos falar D... Preconceito

Fala galera sejam bem-vindos ao vamos falar D... eu sou o Ewerton dono do blog e por favor isso não vai ser um discussão sobre posição política e sim sobre dignidade humana. 

Hoje quero tentar explicar de onde vem o Preconceito.

Imagina que você não sabia sobre cachorros e foi apresentado a um, no primeiro contato com ele você descobre que ele lambe, gosta de brincar, corre atrás de bolinhas e gravetos, não gosta que puxem o seu rabo e pode morder se ficar irritado. Quando você conhecer outros cachorros não vai precisar aprender tudo isso de novo.

Eu acredito que nosso cérebro encurta caminho criando categorias e formam uma representação em que mais ou menos todos os cachorros têm em comum criando um estereotipo, e nós fazemos isso com tudo no mundo, objetos, bichos, situações e até pessoas.Essa categorização e importante para entendermos o mundo.

Quem aprendeu que animais compridos, com escamas e sem patas eram venenosos e deveriam ser evitados sobreviveu mas do que quem foi testar se todas as cobras são realmente venenosas, da mesma maneira que se você estiver perdido em um lugar desconhecido, vai procurar informação com pessoas que você imagina mais confiável e bem informada como policias e moradores locais e não de crianças por exemplo.

Eu notei que em filmes, quadrinhos, jogos e a mídia em geral funcionam usando essas categorias para tornar a história mais familiar, ou seja criando um clichê por exemplo: o vilão ruço com sotaque alemão, o asiático bom nas artes márcias, o personagem mal que se veste todo de preto e vários outros clichês que nos trazem a familiaridade com a história que estamos vendo.

O problema e quando nós atribuímos valores, comportamentos, emoções ou atitudes a um estereótipo sem justificativa é daí que eu acho que sai o preconceito.Piadas de português só funcionam para nos Brasileiros porque já temos um estereótipo, hipóteses sobre como eles se comportam para as quais buscamos confirmação, não adianta contar uma piada do Manuel para um russo ou para um esquimó eles tem ouros estereótipos que eu não sei quais são.

Se você que está lendo meu blog pode perceber que quando categorizamos algo como grupos nos tendemos a exagerar nas diferenças entre eles e ignorar a diferença dentro de cada grupo.
Eu acho que algumas vezes estereótipos são tão fortes que acabamos reforçando nossas expectativas ,Eu li um artigo nas minhas pesquisas sobre um teste de inteligência que alguns professores escolherão aleatoriamente um grupo de alunos e os disseram que eles eram de um grupo de grande expectativa que eles tinham tirado as melhores notas de um teste , depois de um ano os professores aplicaram testes de inteligência real sobre todos os  alunos o legal é que descobrirão que aquele grupinho rotulado como os mais inteligentes realmente foram melhor no teste ., o que levou os professores a concluírem que os alunos se sentiram mais confiantes e os professores deram mais atenção para aqueles que já esperam que seriam melhores .As performances e motivações das pessoas são diretamente ligadas aos estereótipos em qual cada se encaixa.

Quando nos vivíamos em pequenas sociedades a noção e que nós fazíamos parte de um grupo e que esse grupo deve ser favorecido e que os outros grupos deveriam ser hostilizados foi valiosa para nossa evolução, tanto que essa relação de estereótipo e comportamento preconceituoso aparece muito cedo no nosso desenvolvimento.
Se você dividir uma turma de qualquer escola entre uniformes verdes e uniformes amarelos  você vai ver que em pouco tempo eles estarão favorecendo os colegas de uniforme da mesma cor descriminando os outros em um princípio de segregação independente  se os professores fizeram alguma distinção de uniforme ,e se os professores tratem de maneira diferente alguma das cores o comportamento segregacionista fica ainda mais forte , eu li que com apenas seis meses de idade uma pessoa já pode distinguir gênero e etnia das pessoas e até os dois anos de idade já atribuem comportamentos a certos grupos ,como meninos e meninas que preferem interagir com crianças do grupo das qual se sentem parte tipo aquelas de mesma língua e sotaque , com três anos de idade as crianças são capazes de reconhecer e passam a preferir os grupos que são mais privilegiados pela sociedade mesmo sendo criados por pais que não são e nem fazem comentários racistas independente da própria etnia  com três ou quatro anos deidade crianças já acham que bonecas brancas são mais bonitas e comportadas que bonecas negras  ,isso porque parte do desenvolvimento das crianças e observar e aprender  com o mundo que veem a sua volta , assim como o sotaque que desenvolvem ou da sociedade em que convivem e não o dos pais , ( uma sociedade racista gera crianças racistas )

 

Quando um dos poucos exemplos de negras na tv era a globeleza uma apresentadora de telejornal poderia ser inaceitável para alguns, por isso ensinar as crianças que o racismo acontece e que pessoas são descriminadas por pertencer a certos grupos funciona muito melhor do que fechar os olhos e não comentar a respeito.

Preconceito é um comportamento que aparece naturalmente e reconhecer que ele existe é o primeiro passo para achar com isso , mesmo a ciência teve sua parcela de culpa já foi muito usada para justificar os conceitos de raça em uma suposta superioridade branca , o legal é que hoje sabemos que não só as diferenças genéticas  dentro dos grupos étnicos pode ser maior do que entre eles como descobrimos que os povos europeus se reproduziram com povos de outra espécie os neandertais e ainda herdaram parte do genoma deles e que os asiáticos se reproduziram com outra espécie também os denisovanos ou seja os humanos mais geneticamente humanos são os povos africanos .