terça-feira, 18 de agosto de 2015

Vamos falar D ... maioridade penal

Vamos falar D ... maioridade penal




Bom pessoal hoje vou falar de um assunto polêmico mais bastante interessante.
Espero que gostem e que sirva de tema para debates.
Fiz umas pesquisas e notei que existe uma ciência por traz desse assunto.



A ciência da maioridade penal.


Como eu vou trazer ciência para esse discussão?
Simples vou tentar pôr para vocês como funcionaria a redução penal ou não.
Você já teve que se controlar para continuar a fazer um trabalho muito chato?
Ou parou para jogar só um pouco em quanto estudava e quando viu já era de madrugada?
Esse tipo de situação demanda autocontrole pode revelar muito mais do que vocês imaginam.


No final da década de 1960 Walter Michel, Yuchi Shoda e Monica rodrigues usaram doces para estudar o autocontrole de crianças de 4 anos na universidade de Stanford, o teste era bem simples, o pesquisador entra numa sala deixa o doce na frente da criança e diz,

‘’vou sair da sala e volto em 15 minutos se você não comer esse doce até eu voltar te dou mais um e você fica com dois, mas se você comer esse aí não vai ganhar mais nenhum ‘’

É só a criança se controla por alguns minutos e terá uma recompensa ainda maior, se não se controlar perde um ganho futuro, elas olhavam, cheiravam, lambiam e mexiam se distraiam e faziam o que podia para não comer, muitas não resistiram e comeram o doce, em média 3 minutos depois de serem deixadas sozinhas.


Só uma em cada três crianças aguentavam até o final, bem simples né?

O grande achado de Michel foi voltar a estudar o que aconteceu com aquelas crianças mais de dês anos depois, os adolescentes que quando crianças tinham autocontrole e conseguiram esperar o tempo para ganhar o segundo doce se desenvolveram com maior desempenho escolar, menos problemas cognitivos, sócias e até menos estrese.

A habilidade de se controlar e adiar a recompensa por algo melhor se estendia para outras tarefas e situações na vida delas, conseguiam ficar em casa estudando quando precisavam, por exemplo, acompanhando esse grupo até a idade adulta mais de 40 anos depois dos primeiros testes aqueles que foram mais impulsivos e comeram o doce mais cedo, foram os que tiveram maiores problemas profissionais menor formação e até maior uso de drogas.

Repetições do experimento do doce ainda demostraram que as crianças demostravam esperar muito mais quando tinham certeza de que seriam recompensadas do que em situações incertas como Den Gilbert comenta no ótimo livro (o que nos faz felizes), vivemos uma disputa com nossos impulsos entre o que queremos no presente e o que queremos do nosso futuro,Quando você escolhe não gastar o seu dinheiro com algo supérfluo agora está guardando dinheiro para você no futuro, quando você não faz um trabalho que precisa fazer você está sacaniando você no futuro.

Passamos nossa infância na escola não porque ela é legal e sim porque quando adultos vamos precisar do conhecimento que ganhamos lá.


E se o futuro é incerto, damos menos peso ainda para o valor de esperar agora,
Esse é um dos propósitos da pena criminal, dar uma punição para que você não ceda ao impulso agora pensando no que você do futuro vai sofrer por anos se for parar na cadeia.

Quando discutimos que menores de 18 anos deveriam seguir penas.

Essa é uma das justificativas que se dá para diminuir a maioridade penal.

Se os adolescentes souberem que serão punidos não vão cometer os crimes que pensavam em cometer afinal se já são maduros os suficientes para cometer um crime são maduros o suficiente para sofrer a consequências

O problema com esse raciocínio e que ele depende da capacidade de quem pensa em cometer o crime de adiar o que quer agora para não prejudicar ele no futuro,Justamente uma habilidade que a esse ponto do discussão você deve imaginar que não é muito desenvolvida entre os mais propensos a cometer crimes.

Os estados unidos passaram por esse problema quando decidiam se condenavam a morte, Cristofe saimons que aos 17 anos assassinou cruelmente uma mulher, o relatório neurológico apresentado por oito associações medicas foi bem claro, adolescentes ainda não amadureceram seu lobo frontal responsável por julgar punições e conter atitudes impulsivas.

Aliás qualquer passeio no youtube é o suficiente para mostrar que os adolescentes são péssimos em julgar as consequências de atitudes, longe de justificar um crime os médicos julgaram que não adianta ameaçar adolescentes com a punição maior ou pior que eles provavelmente não vão levar isso em conta.

Um estudo de mais de 54 mil homicídios cometidos por adolescentes  e adultos na Califórnia concluiu o que vários outros trabalhos reforçam ., homicídios são explicados muito mais por pobreza e falta de perspectiva do que pela idade de quem comete o crime , tanto que assassinatos cometidos por adolescentes são raros entre os mais ricos , esses crimes são mais comuns entre jovens simplesmente porque populações mais pobres onde eles acontecem tem uma proporção maior de jovens , menores de idade são capazes de crimes horrendos e muitos que os cometem não deveriam conviver com a sociedade , o próprio Cris saimon está cumprindo prisão perpetua pelo crime cometido aos 17 anos , a prisão aqui é uma proteção para a sociedade e uma punição para o que ele fez .
Se você busca uma punição ou uma vingança que traga o censo de justiça contra um crime que o menor já cometeu, reduzir a maior idade pode ser um ótimo caminho para aplicá-lo em mais gente, mas se você quer prevenir os crimes cometidos por menores, ameaçar adolescentes com punições futuras não vai mudar a propensão de acontecerem os crimes agora, a punição está num futuro muito distante para diferenciar entre 20 ,30 ,40 ,50 anos presos.

Quem consegue se conter agora em favor de um benefício futuro nem estaria cometendo um crime para começar né, der repente dar educação e perspectiva de vida para quem ainda não cometeu crime poderia dar os motivos para que eles nunca cometam e a mentalidade para reconhecer o valor disso se conter agora é um impulso bem menos controlável quando não a nenhum doce a se perder nem outro a ser ganho no futuro.


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